O deputado Manoel Pioneiro (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa do Estado garantiu, em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (17/02), que vai tomar todas as providências para averiguação das denúncias de fraudes e desvios de recursos dos cofres da Casa publicados por jornais locais. A medida será tomada a partir da próxima terça-feira, dia 22, quando será nomeado o novo procurador geral da Alepa.
O procurador é quem designa os membros que comporão a Comissão de Sindicância para investigar e aprofundar os levantamentos de informações já iniciados desde maio do ano passado na gestão do ex-presidente Domingos Juvenil (PMDB). A Comissão também deverá indicar as medidas saneadoras e punitivas necessárias que o caso requisitar.
O procurador nomeado, o ex-deputado Ítalo Mácola, que assumiu por um dia o cargo, foi designado pelo presidente para coordenar a Secretária Legislativa da Assembléia. A investigação administrativa, entretanto está sobre a responsabilidade do procurador de carreira, Paulo Danin.
O presidente Pioneiro disse que, ao menos por enquanto, não tem como informar sobre o montante dos recursos desviados nem sobre quantos servidores poderiam estar envolvidos, “até porque estou no cargo há apenas 16 dias”, disse. “Nós não temos noção do valor estimado, não temos esse levantamento que logo em breve será divulgado. Só temos o nome de uma pessoa envolvida e que já foi exonerada”, explicou o parlamentar.
A servidora destituída do cargo é Mônica Alexandre da Costa Pinto, que respondia pela chefia da Seção de Folha de Pagamentos (DGP) da Alepa. “Essa é uma atitude isolada de uma pessoa que conseguiu fazer com que mais pessoas participassem da situação, então isso não tem como respingar na Casa e nos deputados” avaliou Pioneiro.
Manuel Pioneiro durante toda a entrevista garantiu que serão tomadas todas as providências administrativas e jurídicas que o caso requer, envolvendo inclusive o Ministério Público e Justiça Estadual. Entretanto, o presidente da Alepa não procurou fazer julgamentos antecipados e não apontou nomes de outros servidores que poderão ser investigados. “Eu prefiro não fazer julgamento, eu não trabalho com julgamento, eu trabalho com as coisas concretas. A mim cabe a parte de dar tranqüilidade para que a Casa funcione normalmente, para que possamos realmente apurar os fatos, e é isso que eu quero”, avaliou.
fonte: Imprensa ALEPA